domingo, 26 de junho de 2016

Troca de Registros:

Biblivre: É possível importar registros Marc21 através de um simples CTRL+C CTRL+V. Copiando o registro em sua origem e colando o texto na aba MARC do sistema. Provavelmente, apenas alguns ajustes serão necessários, para adequar o registro importado à política e necessidades da biblioteca destino. Através do padrão Z39.50, também é possível importar arquivos que estejam, em sua origem, no formato ISO2709, disponível na opção ‘’catalogação’’, importação. Também nesta opção, aconselhamos que se cheque se adequações às necessidades do catálogo destino são necessárias.

Koha: As importações, a exemplo do Biblivre, também são possíveis através do protocolo Z39.50. O Koha já vem com uma lista de servidores Z39.50, que pode ser gerenciada pelo usuário, adicionando e excluindo servidores.

Disponibilização e acesso ao OPAC (catalogo on-line)

BIBLIVRE

Graças ao protocolo Z39.50 e da norma ISO 2709, o Biblivre permite que a busca em seu sistema seja feita em outras bibliotecas e em diferentes categorias, como autor, categoria, edição, título, ISBN, etc.

Talvez a falha do Biblivre esteja no acesso, já que não é permitido acessar seu catálogo sem que o usuário esteja devidamente cadastrado e logado no sistema.

 KOHA 

O Koha, diferente do Biblivre, possui um OPAC independente de seu sistema de catalogação, ou seja, não há a necessidade de acesso ao sistema para consulta das obras, o que já se torna uma grande vantagem para usuários externos das bibliotecas que fazem uso do Koha.

Assim como o Biblivre, o Koha faz uso do mesmo protocolo e norma, possuindo campos de busca semelhantes ao seu concorrente.

Processo de catalogação no Koha

As informações do registro de catalogação do Koha são todas armazenadas em formato MARC (o software consegue suportar diversos tipos diferentes de MARC). Logo na tela inicial, é possível escolher o tipo de material a ser catalogado ao clicar em “Novo Registro/New Record”:



Os campos MARC se encontram em inglês e separados por abas que vão desde 0 até 9. Em cada aba, será feito um dos processos de catalogação de acordo com o formato MARC escolhido, onde, por exemplo, 020 será o campo ISBN, 100 será o campo de autoridade e assim por diante.
(Ao acessar o Koha, ele não permitia a edição ou adição de autor, o próprio manual que continha a screenshot possuía a nota de aviso constando que isso se devia à falta de permissão para edição) 

Também é possível fazer a importação de registros ao clicar no campo de pesquisa “New from Z39.50/SRU”






Aqui, basta inserir uma das informações pedidas para buscar um registro já existente. Uma vez feito todo o processo de catalogação, basta clicar em “Salvar/Save”, o Koha disponibiliza a opção de “Save and view record/Salvar e ver o registro” se essa for a preferência do catalogador.











Fonte: Manual KOHA

quarta-feira, 22 de junho de 2016

A integração entre bibliotecas: Biblivre x Koha

Biblivre


O recurso de integração entre bibliotecas proposto pelo software open-source Biblivre permite que cada acervo crie o seu próprio servidor, oferecendo uma função que possibilita a disponibilização do seu catálogo para outros acervos que compartilhem o mesmo sistema.


Na prática, é necessário que seja criado um usuário administrativo para gerenciar as bibliotecas e também que seja criado um perfil administrador próprio para cada uma delas. O Biblivre possui o recurso de criação de Multibibliotecas. Uma vez que essa função é habilitada, existe a possibilidade de criar mais de um acervo local, capacitando o gerenciamento de todos eles por um mesmo computador.


A integração entre bibliotecas mediada pelo Biblivre é prática e objetiva, e embora não seja este o maior destaque entre os recursos do software, podendo ainda ser bastante incrementado, cumpre a função que acervos compartilhados precisam. A recomendação é que seja utilizado por acervos de pequeno porte.


Koha


Esse software também é uma solução open-source para a gestão integrada de bibliotecas e o serviço mais utilizado quando o compartilhamento de acervos é a questão mais visada.

O Koha é composto por diversos módulos e trás recursos para todas as atividades realizadas dentro do contexto de integração entre bibliotecas.


Por possuir um sistema mais complexo e maduro, é necessária bastante disciplina para tornar eficaz a sua função integrativa, uma vez que não disponibiliza muitos tutoriais. Mais uma vez pela sua complexidade, é recomendada para bibliotecas de grande porte.

A catalogação no Biblivre

O Módulo de Catalogação do Biblivre tem como padrão de sua plataforma o formato bibliográfico MARC, tanto para armazená-los e descrever a obra, quanto fazer o seu intercâmbio. Possui uma interface bastante objetiva e simplificada.

Ela permite que seja realizada a manutenção da base de dados bibliográfica e em seus controles de autoridade e vocabulário.
Todo registro bibliográfico possui um identificador numérico atribuído automaticamente pelo próprio sistema, em ordem crescente, além da obrigatoriedade do número de tombo de cada item.

Entre as suas principais funcionalidades estão os recursos:
- Acesso de base de dados.
- Criação, exclusão, importação e busca de novos registros.
- Inclusão de novos exemplares.
- Possibilidade de anexar arquivos.
- Gerenciamento e impressão de etiquetas.

Durante a catalogação, se o usuário se depara com qualquer dúvida a respeito dos campos a serem preenchidos, existe um recurso de ajuda, simbolizado por “[?]” que mostrará a explicação do campo em questão.
É possível que o usuário também crie novas subdivisões dentro dos campos usando o recurso “repetir”.

Para obras eletrônicas é possível não somente descrever o nome do arquivo, mas também como a sua URL e caminho para acessar o documento.

catalogação 


inclusão de novos exemplares

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Controle de autoridade.

Biblivre:

         A opção está disponível no menu ‘’catalogação’’, na opção ‘’autoridades’’. Duas opções se abrem: novo registro onde é possível criar um novo registro de autoridade ou colar a ficha marc 21 na aba ‘’marc’’. Logo abaixo do botão ‘’novo registro’’ há um campo para pesquisa das autoridades já registradas no catálogo.

Koha:


         O sistema exibe logo em sua página inicial o botão ‘’Autoridades’’. Após clicá-lo, temos algumas opções de busca. Na aba ‘’cabeçalho principal’’, é possível fazer a busca por termos cronológicos, termos corporativos, termos genéricos, termos geográficos, nomes pessoais, nomes tópicos e títulos uniformes. As mesmas opções podem ser usadas na aba ‘’todos os cabeçalhos’’. É possível fazer a busca pelo termo exato, pelo seu início, ou por parte do termo. Também se pode fazer buscas pelo botão Z39.50, em bancos de dados da Library of Congres. Existe ainda a opção de criação de novas autoridades.

         O Biblivre tem interface mais amigável e as opções para controle de autoridade são mais facilmente assimiladas para o usuário. Já o Koha, apesar de uma interface que exige mais atenção do usuário, oferece mais opções para busca e tratamento, além de possuir um link para pesquisas externas de autoridade.

Relatórios

Hoje falaremos dos relatórios que podem ser gerados a partir do Biblivre e do Koha.

No Biblivre encontramos os relatórios a partir do módulo Administração, com opções diversas: aquisição, catalogação, circulação e personalizado.

Vamos às descrições:

  • Aquisição: relatório com os pedidos de aquisição, onde a relação dos dados sobre aqueles que foram realizados. A recuperação é feita por período.
  • Catalogação: pode dar origem a oito relatórios distintos:
  1. Sumário do Catálogo, com as obras que fazem parte do sistema, e que gera um arquivo pdf
  2. Estatística de Classificação de Dewey, que emite a porcentagem de obras classificadas a partir da CDD. Apresenta uma relação estatística entre os itens, não permitindo, por exemplo, a identificação do título daqueles que não foram classificados de acordo com a CDD.
  3. Relatório de Inclusão de Obras por Período, permitindo identificar que itens foram adicionados ao acervo em uma data específica, o que se mostra um problema, pois o sistema não aceita uma busca a partir de dados mais genéricos (certo mês de um ano, por exemplo), o que demanda grande atenção do gestor quanto aos registros e atividades realizadas.
  4. Relatório de Bibliografia do Autor, que permite identificar quantas obras de um referido autor fazem parte do acervo, a partir do seu nome no controle de qualidade. O relatório é exibido na tela, constando o nome do autor e a quantidade de obras suas, mas sem os títulos das mesmas.
  5. Relatório de Tombo Patrimonial, contendo os tombos, títulos, ano de publicação, e autor. Pode gerar um arquivo pdf.
  6. Relatório Completo de Tombo Patrimonial: em relação ao relatório anterior, adiciona a localização e edição.
  7. Relatório Topográfico, com informações de autor, título, data e localização, podendo gerar um pdf.
  8. Relatório de Cadastro de Exemplares, que trabalha a partir de datas bem específicas.
  • Circulação: pode dar origem a seis relatórios diferentes:
  1. Relatório por Usuário: dados pessoais dos usuários, como nome e documentos, podendo realizar a busca a partir de uma parte do nome do mesmo. Pode gerar um pdf.
  2. Relatório de Todos os Usuários: uma visão geral sobre os usuários da unidade, como dados como nome completo, matrícula, data de inclusão, de cancelamento e alteração.
  3. Relatório de Empréstimo em Atraso: permite identificar obras em atraso, e quais usuários estão com elas. Pode gerar um pdf.
  4. Relatório de Reservas: obras reservadas pelos usuários, podendo gerar um pdf.
  5. Relatório de Total de Pesquisas por Período: permite ao gestor acesso ao que foi pesquisado pelos usuários, mas exige data específica (dia, mês e ano).
  6. Relatório de Empréstimos por Período: com ele, a partir de uma data específica, o gestor tem acesso aos empréstimos realizados.
  • Relatório Personalizado: contagem de registros bibliográficos por campo MARC, podendo gerar um pdf.

No Koha também temos uma variedade de relatórios disponíveis:
  • Personalizados: há um assistente que permite a seleção de registros e elementos a serem incluídos em um relatório final, como empréstimos, devoluções, usuários do sistema, catálogo e aquisições.
  • Estatísticos: estatísticas sobre aquisições, utilizadores, catálogo, empréstimos e periódicos.
  • Quadro de honra para os leitores que mais requisitarem.
  • Inativos: usuários que nunca requisitaram itens e obras que nunca foram emprestadas.
  • Outros: itens extraviados, duração média dos empréstimos, reservas expiradas e reservas canceladas.
Como é perceptível, os dois sistemas oferecem uma grande variedade de opções. O Biblivre peca ao exigir comandos muito específicos em certas situações (como a data exata) ou oferecer dados estatísticos, mas sem especificação de itens. O Koha parece oferecer uma maior liberdade, mas, infelizmente, a análise foi atrapalhada pelo fato de que não consegui acessar o sistema do mesmo a partir de minha casa, pois acusava problemas de IP. A melhor opção de sistema depende, claro, das características da instituição, incluídos os seus funcionários e usuários.

Tratamento de Seriados - Koha x Biblivre

Koha

Logo na tela inicial do Koha, há uma área dedicada somente aos periódicos. Nessa área, temos um sistema de busca baseado no ISSN do seriado ou no nome.

A tela principal desta área é a parte para adicionar novas assinaturas que contém vários campos de registro, incluindo um de fornecedor:



O Koha possui ainda áreas para reclamações de periódicos, consulta de validade do material, gerenciador de frequências, onde se pode incluir a frequência que cada periódico fica disponível, por exemplo, um novo periódico a cada mês. Há também como gerenciar padrões de numeração e adicionar novos campos de assinatura. Biblivre

Diferente do Koha, o Biblivre não possui uma área específica para o cadastro de seriados, estes são feitos através do sistema de catalogação bibliográfica padrão, tendo apenas um campo diferenciado com o nome de “periódicos”, onde se inclui o ISSN e demais informações restritas a periódicos. Apesar de haver uma área de fornecedores (tal como visto no printscreen anterior no Koha para periódicos), este não se foca apenas nos periódicos, mostra, na verdade, um campo de cadastro para fornecedores de todo tipo de material bibliográfico.

Para usuários mais inexperientes ou que buscam maior facilidade na hora de cadastrar um seriado, o Biblivre com certeza seria mais indicado por sua praticidade, talvez até pela interface mais simples. O Koha pode ser útil para um usuário que busque mais especificidade em seu cadastro, também encontrará mais satisfação para usá-lo aquele que tiver um movimento grande de seus periódicos, já que o Koha possui ferramentas que facilitam a atualização de periódicos no que diz respeito a seus números e frequências. Por já termos experiências anteriores como Biblivre, talvez esta nos leve a crer que ele é mais fácil de manusear do que o Koha.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Avaliação sobre a gestão administrativa de itens

BIBLIVRE

O software permite que seja criado um cadastro de fornecedores e que os dados referentes a estes sejam armazenados em um banco de dados interno, próprio do sistema, que permite a recuperação dessas informações em uma busca feita através do CNPJ, razão social ou nome fantasia.

A função exercida por “pedidos” deve manter um controle sobre todas as obras que foram adquiridas, enquanto a função “requisição” tem como utilidade a possibilidade de solicitar uma obra. Novos itens devem ser devidamente cadastrados.

Para efetuar a recuperação de obras já cadastradas uma busca deve ser executada, baseada por título ou autor da obra, número ou data da requisição, por requerente ou ainda requisições pendentes e/ou atendidas.

Há também a “cotação” que utiliza dos mesmos princípios e controlam o processo de compra de novos itens para o catálogo ou acervo. Essa função exerce influência sobre os eventos de doação e permuta, sendo possível gerar relatórios a partir da mesma, obtendo resultados por data, tipo de doação e material.


KOHA

O software permite a realização de um cadastro de fornecedores, permitindo que suas informações particulares e sobre faturamentos realizados sejam armazenadas em um banco de dados.  O Koha também possibilita que esses fornecedores sejam classificados como ativos ou inativos e abre espaço para a existência de requisições.

A sua política de aquisição baseia-se em regras que se aplicam a conceitos de catalogação, taxas, membros e câmbio.

Há a disponibilidade de uma área de transferências entre outras bibliotecas e catálogos, sendo possível enviar e receber itens, assim como materiais de origem donativas.


As emissões de relatórios são separadas por tópicos e subtópicos que se resumem a “manual de relatório”, “estatísticas”, “listas mais acessadas”, “ativos, “inativos” e outros.

Módulos

Continuando com nossas análises sobre o Biblivre e o Koha, hoje falaremos sobre os módulos disponíveis nas duas plataformas. É importante lembrar que módulos de sistema costitutuem-se em partes do mesmo que possuem uma tarefa bem definida.

Começando pelo Biblivre, encontramos quatro módulos:

  • Busca: é por aqui se faz a recuperação dos documentos, mediante controle bibliográfico, por autoridades, vocabulário controlado, contando ainda com registros que podem ser importandos de bibliotecas que cooperam com o sistema;
  • Circulação: é onde realizamos o cadastro de novos usuários. Neste módulo ainda podemos realizar operações de empréstimo e devolução, mediante código de barras, por exemplo. Ainda é possível saber que obras estão emprestadas para cada usuário, gerenciar o tipo de acesso que lhe é permitido, além de reservar obras;
  • Catalogação: aqui realizamos o registro bibliográfico, de autoridades (esses dois se valem de critérios MARC, podendo a biblioteca adequa-los às suas necessidades), vocabulário, importação, criamos as etiquetas e vemos a mobilidade de registro;
  • Aquisição: neste módulo cadastramos os fornecedores. Todo o processo de requisição, cotação e pedidos de materiais pode ser realizado por aqui, contando inclusive com formulário de detalhamento para cada item.

Já no Koha, encontramos como módulos:

  • OPAC (Online Public Access Catalogue): o usuário pode acessar sua conta e ver quais obras se encontram com ele, fazer e cancelar reservas. Notificações automáticas de e-mail avisam sobre obras solicitadas. O sistema de busca pode ser configurado entre simples e avançado. Permite ao usuário sugerir a compra de títulos;
  • Aquisições: sistema de compras completo, incluindo orçamento e preços. Permite cadastro de fornecedores, bem como a comunicação com os mesmos, tornando possível o acompanhamento de cada ordem de compra. Se for permitido aos usuários sugerirem a compra de títulos, eles podem acompanhar cada estapa do processo dessa aquisição;
  • Catalogação: é possível importar registros usando o protocolo Z39.50. Integração com o formato MARC. É possível adicionar e excluir registros em massa. O sistema apresenta modelos de catalogação que podem ajudar na descrição de materiais. É possível criar códigos de barras para os itens;
  • Circulação: aqui são feitos os empréstimos, devoluções e renovações, mediante leitor de código de barras ou manualmente. Possui função caixa, podendo até perdoar multas. Realiza gestão de reservas e de cobranças (se o usuário perder o item, é possível alterar o status de circulação do mesmo);
  • Periódicos: sistema seriado para jornais e revistas;
  • O Koha ainda permite a geração de relatórios e estatísticas, garantindo pleno acesso às informações nele armazenadas. É permitido o uso de filtros para gerarem esses relatórios, que podem ser salvos para nova execução no futuro.

Mas, afinal, dos sistemas é melhor? Depende. Embora os módulos do Koha pareçam mais completos, é necessário que se leve em conta o perfil da unidade que se utiliza desses sistemas. Para uma unidade pequena, o Biblivre ainda parece mais indicado, enquanto o Koha parece se enquadrar melhor em unidades com maior porte.

Questões administrativas - Koha e Biblivre

Hoje nós iremos falar um pouco sobre as partes administrativas de ambos os softwares em relação aos usuários e um pouco sobre sua visão geral!

Questões administrativas do Biblivre:




  • Adicionar e/ou editar o nome da biblioteca em questão.
  • Alterar e adicionar outras questões que possam ser pertinentes ao usuário em questão de interface funcionamento da biblioteca (cor da interface, moeda corrente, valor de multas de devolução, textos apresentados ao fazer login, número de registros disponibilizados por páginas, etc).
  • Possui um sistema de LOGIN e PERMISSÕES que permite ao usuário ADMIN acessar e controlar todas as demais contas no sistema, fazendo alterações de senha e de permissões.
  • Nos tipos de usuários, o ADMIN pode adicionar, visualizar e excluir perfis.
  • Na parte de cartões, o ADMIN pode adicioná-los, visualizá-los e excluí-los caso haja necessidade.
  • O ADMIN pode, ainda, trocar a senha padrão imposta pelo próprio sistema do Biblivre, seja dele próprio ou de outro usuário.
  • Na área de manutenção, o ADMIN tem a capacidade de gerar backups dos catálogos, dos usuários, fazer a reindexação das bases de dados e fazer a exportação de todos os registros em formato MARC XML.
  • Há ainda a parte de relatórios, onde o ADMIN poderá gerar relatórios de aquisição da biblioteca (sejam eles por compra, doação ou permuta), relatórios de catalogação detalhados e relatórios de circulação (usuários, empréstimos feitos ao total, empréstimos com atraso na devolução, etc).


Questões administrativas do Koha:

  • Parâmetros básicos: se divide em três ítens, o de Bibliotecas e Grupos”, onde são definidos os nomes das bibliotecas e grupos, podendo-se adicionar novas e excluir outros; os “Tipos de Materiais”, onde são definidos os tipos de materiais usados nas regras de circulação; e os “Valores Autorizados”, onde se definem as categorias e os respectivos valores autorizados pelo sistema a serem incluídos.

  • Usuários e Circulação: aqui temos as categorias que podemos dar aos usuários, as regras de circulação dos ítens da biblioteca e as multas a serem aplicadas, os tipos de atributos dos registros de usuários, os limites de transferêcia entre bibliotecas (limitando a trasnferência de itens entre as biblitoecas cadastradas), as matrizes de custo de transporte entre as unidades, os alertas de circulação de itens (que servem para definir prazos de empréstimos e multas para cada biblioteca, cada categoria de usuário e cada tipo de material), e um último item chamado “Cidades” apenas para definir as cidades em que os usuários da biblioteca moram.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Comunidades envolvidas

O BIBLIVRE possui uma lista de dicussões em seu portal, seus fóruns também podem ser “filtrados” regionalmente. Conta com manuais, uma comunidade de desenvolvimento e está sendo utilizado em diversas instituições bem distribuídas pelo país. É citado em diversos artigos acadêmicos, blogs com resenhas e opiniões pessoais, muitos deles possuindo o recurso de comentários, demonstrando certa popularidade.

O Koha também possui uma lista de discussões em seu portal, entretanto ela não é tão bem organizada e nem disponível ou filtrada facilmente em idiomas que permitam um melhor acesso, discussão ou solução de dúvidas, assim como seus manuais, sendo melhor procurar por orientação em outros sites que tratam sobre softwares livres. Também é citados em artigos acadêmicos e blogs, exercendo funcionalidade para muitos usuários e instituições.

Impressões iniciais

A utilização da tecnologia em acervos tem se tornado um fator crucial para garantir que o usuário tenha acesso à informação de forma mais independente. Essa tendência sugere que as bibliotecas modifiquem a sua postura em relação ao seu acervo e seus usuários, informatizando as instituições. Entretanto, na grande maioria dos casos, falta interesse e investimento no cenário, o que se reflete na forma de um ambiente profissional desatualizado e que cai em desuso, bem como o método utilizado.

Os softwares livres contribuem para essa mudança de atitude, uma vez que não necessitam de recursos financeiros em relação a instalação e manuseio do programa. Softwares para gerenciamento de bibliotecas possuem um custo bastante elevado, e uma alternativa gratuita pode atender acervos de diversas dimensões e origens, atendendo suas necessidades com competência, desde a bibliotecas comunitárias à centros de documentação, bibliotecas escolares e universitárias, polos de ensino e acervos particulares, além de servir como uma fonte de estudo.

Ambos os softwares possuem recursos básicos e bem estruturados de todo gerenciamento de bibliotecas, desde a aquisição, empréstimo, devolução, cobranças, catalogação, leitura de código de barras, relatórios e etiquetagem. Possuem cadastro de usuários, um sistema de notificação, customização de interface e recuperação e banco de dados. Com base em pesquisas, comparando o Koha ao Biblivre, mesmo com os mesmos recursos, o primeiro os realiza de forma mais abrangente, permitindo que o usuário do programa faça uma melhor configuração e adaptação ao acervo que deseja gerenciar, logo, suporta melhor uma maior quantidade de itens, enquanto o Biblivre pode ser mais facilmente manejado por instituições menores.

O Koha pode ser utilizado apenas no Linux, enquanto o Biblivre tem o Windows como uma segunda opção, embora seja a melhor. O Koha também conta com uma opção mais vasta de idiomas, logo, sendo mais utilizado mundialmente. Um dos seus contras é que ele exige também um maior espaço de memória, podendo não se adaptar bem a qualquer dispositivo.

Organizações e Bibliotecas que utilizam os softwares

O Biblivre é utilizado por mais de 6 mil bibliotecas brasileiras e lusófonas em todo o mundo. Algumas delas são: Biblioteca da Rede Municipal de Aparecida, Biblioteca da ETEC Rodrigues de Abreu, Biblioteca do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo, unidade Bragança Paulista, Biblioteca Municipal de Murça (Portugal), Colégio Criança Feliz (Angola), Universidade Santiago (Cabo Verde), e diversas outras.

O Koha é utilizado por instituições como a Escola Superior de Dança de Lisboa (Portugal), o Catálogo das Universidades Lusíada (Portugal), o Instituto Politécnico de Bragança (Portugal), a Western Nebraska Community College (EUA), University of the West of England (Reino Unido), e muitas outras.

Sobre os softwares

As linguagens de programação utilizadas por cada software

A linguagem de programação utilizada pelo Biblivre é o JAVA, com Banco de Dados PostgreSQL.

O Koha foi escrito em Javascripts e modelos HTML, sendo o MySQL o banco de dados.

As plataformas utilizadas por cada software

O Biblivre possui plataformas, segundo o site oficial, compatíveis com Windows (XP ou superior), Linux e Unix, desde que neles funcionem adequadamente os softwares Java Virtual Machine 1.6 (ou superior), Apache Tomcat 5.5 (ou superior) e PostgreSQL 8.1 (ou superior), tendo como requisitos mínimos de hardware um processador Intel Pentium IV 1.4MHz ou equivalente, com memória RAM de 1 Gbytes. A configuração recomendável, no entanto, seria um processador Pentium Core I3 2.13GHz, com 3 Gbytes de RAM, e pelo menos 200 Mbytes de espaço em disco.

O Koha, por sua vez, requer um sistema operacional baseado em Debian, como o Ubuntu e o Mint, necessitando, também, da instalação do Apache como servidor aplicacional, do MySQL como base de dados e do Postfix 2.6.x (mínimo) como servidor MTA. No aspecto hardware, requer uma CPU com pelo menos 2.0 GHz, 4 Gbytes de memória RAM e pelo menos 15 Gbytes de espaço em disco.

Web ou Desktop?

O Biblivre pode ser utilizado tanto na sua versão desktop, quanto através de uma interface web.

O software Koha é apenas para a web.

Sobre o blog

Bem vindo ao nosso blog, o Koha, Biblivre, Koha!

Este blog nasceu como uma atividade acadêmica da disciplina Automação e Informação, do curso de Biblioteconomia, Ciência da Informação e Documentação e  da USP de Ribeirão Preto, tendo como objetivo analisar dois softwares de gerenciamento de bibliotecas, o Biblivre e o Koha, apontando suas características, pontos fortes e fracos, bem como que tipo de instituições fazem uso dos mesmos.